Igor.

Igor, crinos cachos, olhos profundos, personalidade volátil.
Ele sim, amor meu
e grande...
Meu umbigo rolando pela cama, Igor dentro de mim, de todas as maneiras. Intenso, amor meu por Igor. E agora, meu doce abrigo? Perdida estou, sala, sozinha, saudade.. e enxergando sinestesias. é espectro teu assombrando minha lembrança. é incenso cheiro de mel, entorpecendo, nós chapados, Igor, o que há de errado? convulsão, confusão, caixão.. perdi meu abrigo, juízo, Igor. Verdade bem que podia não ser, aquela praga, maldita cigana lendo minha mão, Amor na tua vida com céus e terras passarão, mas tua dor não passará..não, não passará.
cantiga dominical uníssona no amplo templo, tudo girando, choros, velas e Igor, me chamando, Igor no meu umbigo..um zunido no ouvido, escuridão. Sofrimento e sina sobre a Terra. Agonia. Um doce alívio, filho nosso, Igor.
Igor, crinos cachos, olhos profundos, filho nosso, futuro de ilusão.
Ainda aqui, sim
meu amor continua e agora cresce a cada dia...

...e cada dia mais sem Igor.
Alguma coisa estava errada. Ela parava e pensava. Mas o quê. Tudo, aparentemente, em seu devido lugar, na sua ordem imperfeita. As cores de mais um dia nascendo, tão belas cores, sob[re] esse tapete, tão sujo chão...

cuidado!

vc pediu minha mão
mas ficou com um pedaço do braço
me jogou migalhas de ilusão
as sinceras mentiras, em gemidos
em pedidos
deixa?!
deixo...

e agora

Até parece!...

quem sabe depois de um tapa, matar essa charada:
eu não amo ninguém
[e te amo]
parece incrível!
respirar amor assim...
eu e nós cabendo em uma só atmosfera
teu dente no meu pescoço,
vc, vampiro de mim.
e eu chorando bem baixinho
pra deus não ouvir
e depois fazia festinha em mim mesma
recordando uma promessa
de motel
daquelas pra toda a vida...


assim me deixou, vc:
suada com sede e calor
até parece que to cheia de vc
até parece!...

Amor, versão editada.

Ela: - Diz, diz, diz...
Ele: - Eu te amo!
Ela: imagine, leitor, aberto dentes, branco sorriso, imagine bem aí!
Ele: - Obrigado por estar aqui comigo...



=D

uma porta se abre, um corpo que vai embora

Isso, uma porta se abre, um corpo que vai embora, eu já havia lido em algum lugar, ms agora não tem importância. Na dita frase não cabe o que eu sinto...um corpo indo embora, ele que nem sempre esteve aqui... Antes se estivesse morto, completamente. mas depois da ida, parece estar. Porque tudo que ele deixou são lembranças, marcas que baldes de souvinil acrílica não cobrem.
O momento já havia se anunciado, mas não nos meus ouvidos, eu sabia que tudo mudava...E enquanto ele ía, eu lavava minhas bonecas. ele parecia tão feliz e eu me sentia tão velha. As bonecas também estavam felizes com o rubor de coisa nova, mas com cheiro de mofo. Elas eram velhas e eu não estava feliz.
Passou por nós, sem despedidas. ele nunca diz nada. e eu corri para me esconder, como se ele fosse lembrar de dizer algo parecido com adeus, voltar e abraçar. ele nunca abraçava ninguém..ou, talvez tenha, mas agora eu não consigo lembrar, pq todas as recordações estão embrulhadas no meu estômago e eu sinto vontade de vomitar meu choro... mas só consigo sentir o olhar de pena das flores de plástico, num vaso esquecido dentro do banheiro.
Ele Não levou malas, mas esvaziou meu quarto. e me encheu de dúvidas, daquelas que só o tempo responde. eu me senti criança, novamente. e me escondi.
Naquela tarde, água suja, bonecas ao sol...meu pai foi embora.
Eu queria poder dizer mais coisas, até secar toda a água dos meus poros, até secar qualquer coisa a dizer sobre o assunto pra não ter que falar nunca mais. As flores de plástico me escutam, atentamente...mas eu, apenas, não consigo.
Meu pai foi embora, enquanto as novas velhas bonecas secavam ao sol
enquanto eu me transformava em criança e chorava escondida
e abriu ainda mais o meu vazio
e não levou nada... nada...

No dia em que meu pai foi embora, e desde este dia, eu tive medo do tempo.

Naquela tarde, eu tive medo do escuro.

Louca (ou ódio!)

instalei os explosivos, vai voar vc pr todo lado.


seu sangue chuvendo na cidade inteira, na minha casa, nas minhas roupas no varal, em todo mundo que estiver desprotegido, seu sangue, em grossos pingos, caindo do céu e lavando a cidade, o país.

Uma contaminação de vc, no mundo, uma epidemia. Seus restos infectados, vc um câncer da vida, uma doença sem cura. qualquer coisa apodrecida por causa do teu mortal resto, feito ácido. pessoas gritando e aterrorizadas, vendo o mundo envolto numa nuvem tenebrosa, sim, vc contaminou o ar. vc destruiu a Vida. vc botão vermelho, e eu apertei sem querer...sem querer...

E o mundo inteiro definhando, e vc vivo corrosivo dentro de cada um, e por isso todos morrendo, por um, um. de alguma forma ativo, vc, culpa minha, culpa minha.




Maldita hora que explodi vc dentro da minha imaginação!
Maldita hora que eu te inventei!

o (não) estar do corpo

O bloco da solidão carnaval passando na minha rua
Alucinação punkhardcore sacudindo dentro da minha cabeça
pesadelo agonia acelerando o compasso de minha pulsação
o silêncio dos meus olhos camuflado na algazarra da multidão.


maravilhailusão

e o que mais Eles querem?

o que mais eu deveria ser?
além de todas as desculpas
escorrendo em farrapos
pela minha voz suja


o que mais eu deveria dizer?
além das minhas atitudes
miúdas e mesquinhas
recheando minha existência nula


o que mais eu devia escrever?
além dos sonhos arruinados
pela minha incapacidade
de realizar


e o que mais Eles querem?
além de meu sangue impuro
alimentando um dna cansado
que me torna
demasiadementemente
Humano...

uma caixa de saudade

mal sabia ela que hoje pulsa a saudade nessa caixa de coração..
fez o instante e ela capturou todas as fotografias, hoje, uma aquarela da saudade.
eu não sou o único, leitor, vc não conhece, não sabe, mas é o que vinha tentando lhe dizer nessas últimas algumas tantas horas antes do salto, no infinito, dela, na loucura:
de suas cores os sorrissos, mais do que eu nunca acreditei um dia poder guardar, tudo comigo está
Agora
saudade guardo, em molduras polaroid, dentro meu coração de caixa.
Voar
ela parecia saber ela sempre quis
aqui, nós, meras lembranças de um ontem colorido.
assim, ela, mergulhada na minha caixa de saudade.



Amantes...

Vem cá, amor, deixa eu te contar um segredo.

A boca dele vai chegando perto do ouvido dela e começa a sussurrar. Gargalhadas, de repente. Disparam. Espera, deixa, amor own...O riso movimenta os corpos, dissimula as intenções [quase secreta] de estar juntos, assim, vontade uma.

e o casal de um só desejo rola no colchão
e no chão...

Vento da Praia

Em frente ao mar, ela, parada.
O braço moreno esperando aquele que a alma desejava envolver num elo de carne e pelo. A voz doce ao pé do ouvido, a tranquilidade da outra alma, o corpo masculino, ele.
Teu cheiro flui no ritmo da brisa, bagunça meus cabelos. Te escondes por entre as madeixas dessa ilusão tu. Não se demore, a luz se vai, eu te espero.
Mas ele não foi.
Ele não veio, chorava. No escuro da praia, por entre o vento, vagavam soluços, perdiam-se.
E tudo ganhou aquele tom, pôr-de-sóis.
E tudo se dissipou no ar revolto, ilusão.
Era o que tinha, apenas, ela.
Hoje, pequenos redemoínhos, os soluços-fantasmas, a praia engolida pelo perdido. Sobre a areia se move uma saudade, escrevendo dor, registrando solidão.
Ali morreu um Amor...

Dissimulada

Carência?! não..ela é que bem sabe disfarçar.
Fica lá, de canto, escorada na porta, com aqueles olhinhos miudinhos.
Silêncio, tanto.
Mas, dentro daquela mente insana borbulham idéias soberbas; daquele corpo, pinga fogo enquanto dança, queima, e nem dá pra especular aonde tá a chama. Apenas os olhos cintilantes, lânguidos; copo na mão esquerda e cigarro entre as pontas dos dedos. Boca fumaçando, não se engane, o fogo ainda crepita.
e o álcool abrindo caminho, corpo recebendo combustível..propiciando a explosão...

E ela vai lançando faíscas, enquanto dissimula solidão.

O marechal do ar.

pernas magras, corpo quase esquálido, pálida e suja tez, cor de lama. Lá vinha o marechal do ar, com sua aeronave, sua arma de guerra, na batalha aérea das cores. O azulado de Teresina ganhava, além das cores, olhares centrados na distância, atenção na caçada infantil. De repente, aos montes, os muleques corriam, tresloucados, na direção da pipa que caía, devagar, quase sem querer cair. Mas o marechal, impávido, lá estava a comandar sua nave multicolorida..e ele sabia, certo como os ventos de agosto enfraquecem, que outras batalhas viriam, menos coloridas.
Triscô!
Triscô!
Triscô!
A meninada corria e disputava em terra. Mas marechal continuava no ar.

sim, continue, por favor.

assim como a chuva vai molhando a terra triste, como as tardes amenas a dormir abraçados, porém sem fazer tanto calor. sim, Vida, assim continue, permaneça tranquila, me equilibra na tênue linha do tempo. olhando nos teus olhos, pode ser minha imagem refletida, tão doce, assim, fixa.
equalize essa frequência, dançe nesse ritmo, flua na lascívia, aproximando as vontades. seja! faça, e nos refaça, sempre, felicidade. pulse. faça essa magia existir, nos permita.
continue!
não pare, vai. vamos!
somos uma só voz, vontade de viver.
dois olhares num mesmo olho. teu cheiro, vivo, me invadindo pela respiração, levitando em meus pulmões.


respiro!

bem Amada, Solidão


noos juntos, no salão ,no instante da solidão. os vaga-lumes vagabundos, precisamente, pairam sob o breu, descortinando o ar, num voo desguiado, brilhando, apenas.O sileencio cortado pelo ruiido da realidade. Confesso, imaginava-te distante leeguas, entretanto, me apareces aqui, e me daas o conforto, certamente, errante, mas apenas o suficieente.
qualquer lugar de onde o céu acaba, permaneces. e brilha. brilha, linda. Aonde no corpo aprega, congelas, pois nada fica ileso do teu toque. na sequeencia, corre a noite, e fica alta.distante demais...
esse clima primaveril, aqui, com vocee, noos, apenas, aa soos..assim, descontraídos. eu canto tua presença, nessa vontade insana de cantar. emudeço, dormindo, dor em mim. deitados, noos na areia e no tapete, em dois, corpo a corpo, numa soo mente, somente.
isso parece acabar, nunca, Solidão, noos dois, um duo em dois.

Purificação.

Lábios carnudos, voluptosamente, movendo-se, deixando-se, às vezes, a língua se revelar por trás dos dentes brancos. Ele sabia que ela mordia forte, arrepiava-se, macia marca, invisível.
Armadilhas da evolução, como toda fêmea as utiliza, ela, puta e santa, jogava o jogo e ele seguia sem contestar, sentindo, confortavel, a lascívia fazer seu sangue percorrer pelo corpo e a natureza a se cumprir...e, depois, como estar absorto num delírio, rasgava suas vestes, respirava a feminina tez, sentia o calor vindo de dentro do corpo alheio, degustava a veludosa voz através do sussurado
...ela gemia, sorria, ele percebe um corpo cansado, agora, admira-a entre os fios de fumaça, a água escorrer pelas pernas, o banho, a santa.


Hoje sente-se purificado.

Invenção

construa seus sonhos sobre uma base sólida: você mesmo!e, se não se sentires assim, desconstrua, destrua tudo e invente algo novo. não pense muito, isso requer pausas que retardariam o processo.dê um ar nesse vácuo ao redor, faça beicinho e assopre forte, como se tentasse apagar todas as velas acesas no dia de todos os santos, só pra ter o prazer de ver os [in]fiéis correrem para atearem fogo novamente.
o tempo preso dentro das horas, enrolando-se em nossas goelas..fitando o que se passa vida à dentro, sonho à fora, reconstruindo as verdades, as mesmas falsas verdades, que somente os loucos e pessimistas ousam criar.
invente sua vida, como quem declama uma palavra nova, totalmente, e espalhe pro mundo toda sua nova invenção.

Permitir?

teu elo de pêlo e carne prendendo minha respiração...ou, quem sabe, tua presença se destacando na minha mente elíptica?!
Saio em disparada, desse silêncio só absorvo insanidades. E a noite continua, como todas as outras, tenebrosas, apenas dissimulando intensões.
Esse instante, nós dois, embaraçados num nó cego e louco, brincando de faz de conta [que não sabe], pulsando umas vontades imensas:


posso ou podemos?!

Coragem!

"No momento em que nos comprometemos, a providência divina também se põe em movimento. Todo um fluir de acontecimentos surge ao nosso favor. Como resultado da atitude, seguem todas as formas imprevistas de coincidências, encontros e ajuda, que nenhum ser humano jamais poderia ter sonhado encontrar. Qualquer coisa que você possa fazer ou sonhar, você pode começar. A coragem contém em si mesma, o poder, o gênio e a magia.”

Goethe

eu insisto, Mude!

Exatas 15:15min; e encontrei um verdadeiro tesouro em letras virtuais - mas que bobagem, palavras realmente não são corpóreas... Meu senso de organização, misturado ao meu misticismo barato alertou-me para as mensagens que boas mentes insistem em dividir...



e agora eu divido isto com vc!!!
Se vc quiser me ler, leia!

mas cuidado, não se perca nas entrelinhas. Nessas letras há mais do que significantes, essas linhas paralelas refletem estantes cheias de muitas outras leituras que já não tem mais tanta importância.
e se não for o suficiente, me feche e me esconda novamente na prateleira que achaste, como a gente faz com aquele livro insignificante das livrarias .... tudo muito empoeirado e esquecido.

Se vc quiser, venha em frente!
eu posso, ás vezes, parecer saltitante em frente à sua atenção distraída; mas, perdoe-me, hoje não estou legal....

Eu não estou lá



Eu não estou lá
nem aqui ali em nenhum lugar
juntei meus cacos
minha confusão e fechei o zíper
andarilho em mim mesmo
pe[r]dido [men]digo à procura do Abrigo
aonde a tempestade não alcança
e a chama baila noite inteira
Não adianta me procurar
por aí
eu já parti
não há vestígios nem vertigem
apenas saí o caminho rente minha fronte
estava aberto longo e simples
simplesmente o segui
como as aves migratórias seguem as estações
[e cada qualquer coisa flui no seu tempo]
deixando um até outra vez dissipado no vento...
E do meio do mundo prostituto só amores guardei ao meu charuto
e embrutecido fiquei a fingir o q n sentia
ms eu nem queria
e nem queira vc saber sobre sentir
um num sei o quê subir subir
te levar
pro alto
além
pra imensidão

desse mundo puto
fico e saio tresloucado
insano
eu quebro tudo


fico mudo e volto a fumar meu charuto!

do lado de dentro

eu queria te dizer obrigada por tudo
mas enquanto isso me entalava a goela
e meus dentes travavam de paixão
vc dobrava a esquina
e eu soube, naquele instante,
que os dias de incerteza haviam voltado
sorrateiramente, da mesma maneira como
vc apareceu e agora permanece
pulsando no meu vazio
confundindo minhas sinestesias
Dylan Marquez Dobal e todos os soberanos
ocupam minha estante, meu ouvido, minha solidão
mas não fazem tanto sentido
nem me guiam caos adentro
quem sabe um dia vc saiba, me leia
aonde eu sempre fico, nas entrelinhas
no subentendido, na subversão
onde nada tem nexo
e quem sabe um dia vc entenda
e continue não dando a mínima importância
e permaneça distante
pq, meu bem, a ninguém interessa uma poesia sem rima
o poeta não comove ninguém
apenas impressiona com letras e ritmos
mas o nada que tudo engole
continua lá, dentro dele
ainda está aqui dentro de mim...


meu gênio alucinado
vc chegou em casa, tarde e cansado
e me assustou com sua dissonância
derreteu nossas mentes
na ácida inconstância
sinto a falta dos teus dentes
do teu olho latente
nós não existimos nas tuas lembranças
das luzes, das notas distoantes
da tua viagem alucinante
ainda sigo teus rastros
camuflados entre suas canções
e nos meus braços o vazio das recordações...
aqui dentro fervilha
sentimentos falseados
lá fora crepita
humanos potentados
meu amor é essa dor
de enxergar o inferno
nitidamente misturado ao paraíso
Teu riso gravado à quente ferro
no meu corpo insensível
Teu cheiro doce amargando
o céu de minha boca invisível
tua presença bagunçando
meu monólogo e me deixando rouca
Estás na paz que não sinto
minto, minto
pras estrelas, pro jardim, pro mundo
mas não pra mim
noite alta, não há calma no vazio
a solidão não cala
e explode em gritos nesse martírio
eu te mastigando e me despindo
nós nos enganado nós nos cuspindo
e a ilusão nos empurrando
abismo à dentro
eu e vc juntos no inferno de amar
a ver um paraíso ameno
eu vc e o mundo a sonhar o surreal sono do amor sereno...
um jovem pianista, sozinho, na praia. O vento bagunça seus cabelos enquanto seus olhos se perdem entre as letras de um velho papel. Ele parece ser de outra época, com aquele fino traje. Recorda que sempre costumava esquecer senhas, mas dessa vez está perdido. Dentro de sua mente existe um vazio e o caos que milhões de lembranças deixaram quando simplesmente foram embora. para onde ir?..um verbo que agora traz imensa agonia, corrói e desconcerta.
A praia está vazia, e o pianista está perdido...

Talvez seja

(Fotografia: Linda McCartney)


Talvez eu esteja assustada com todas as mudanças que aconteceram nos últimos 375 dias. E talvez seja por isso que deixo insito na mesma música que faz minha garganta travar e de meus olhos brotarem as lágrimas que impedi de cairem por todo esse tempo...E com tanta confusão e incerteza, e com tantos consolos e solidões, e talvez por me sentir cheia de estar vazia, talvez seja mesmo a hora de chorar, dobrar os joelhos, sair da cama na noite alta, enquanto todos estão dormindo e ir conversar com as plantas no jardim; já que alguma coisa parece ter voltado com a chuva...talvez isso passe, ou melhor, talvez apareça alguém que realmente me ajude a entender......



Maybe I'm Amazed (tradução)
Paul McCartney
Composição: Paul McCartney

Talvez eu esteja assustado com a maneira que você me ama o tempo todo
Talvez eu esteja com medo com a maneira que eu te amo
Tavez eu esteja assustado com a maneira que você me tira do tempo
E me pendurou em uma linha
Talvez eu esteja assustado com a maneira que eu realmente
preciso de você

Talvez eu seja um homem e talvez eu seja um homem solitário
Quem está no meio de alguma coisa
Que ele realmente não entende

Talvez eu seja um homem e talvez você seja a unica mulher
Quem poderia sempre me ajudar
Querida, você não me faria entender

Talvez eu esteja assustado com a maneira que você está comigo o tempo todo
Talvez eu esteja com medo pela maneira que eu deixei você
Talvez eu esteja assustado com a maneira que você me ajuda a
cantar minha canção
Me endireitando quando estou errado
Talvez eu esteja assustado com a maneira que eu realmente
preciso de você
eu vou subverter
corromper teus sonhos
iluminar tuas mentiras
pertubar tua paz
eu vou!
deixarei tudo aos cacos
feito furacão em fúria
não vai sobrar nem você aqui dentro

...

só um pouco do teu veneno no meu sangue
pra minhas células não esquecerem
teu gosto
teu rosto
tudo o que me faz mal.
dia nove
vc irá pegar um ônibus
com apenas ida no destino
meio dia
a última parada, ao mar
tudo muito calmo
lá vc me encontrará
já não importa se o ano é passado
chegue perto
mais perto
fique!

em14/10às19h

Enchendo as linhas de rabiscos que anseiam uma interpretação qualquer; ela se coloca entre a tinta e o papel, nas entrelinhas, que só os loucos lêem..Ficaria assim por longas horas, imaginando-se grafada em páginas, por detrás das letras, camuflando mensagens e espionando faces que escorrem os olhos nos garranchos alinhados. Mas o tempo tem asas nos pés e não se cansa de voar, voar, voar.. e ela tem pressa de viver.
Precisa de uma rotina de tarefas para sentir-se completa e prossegue catando palavras pelos corredores, formando versos que vão perdendo-se por acaso; nas prateleiras das bibliotecas, pela janela do ônibus..nos sentimentos que não expressa. Ela era um imenso livro, recheado de signos inverossímeis. Ela precisa ser lida, decifrada. Ela quer teu olho, tua atenção nesse mundo de significados acumulados em si durante tanto tempo, tanto.
Ela precisa de tudo isso porque ela têm de ser Humana.

Maybe not

Eu preciso, verbalize-me, por favor. Me coloque nas tuas letras, é um doce pedido. Sinto falta de nós dois, de A à Z, dos tapetes...Vc está aqui, sempre está; mas meu vazio voltou a crescer, ele me acena de algum ponto dentro de mim...






Nós não temos nada a perder, ou talvez não...
Cegos
estamos todos
um pouco mais a cada dia
nos guiando pelo toque
cheiros, perdidos em agonia
com as mãos espalmadas
rumo ao nada absoluto
Cegos
estamos nós...

A tarde da moça de olhos tristes

Puxou a cordinha e as portas abriram-se numa desengonçada pancada. A poeira subiu juntamente com tantos dejetos quaisquer. Seguiu pelo velho novo caminho à sombra das mesmas mangueiras e cajueiros. Observava os desenhos de sombra e sol na trilha de concreto, à passos lentos, de quem sabe exatamente em qual corredor sua sala espera, degustando o cheiro dos frutos tropicais que fazem lama nessa época...
Parou.. e reparou na deficiência dos que não dependem de rampas de acesso, e como muitas vezes o homem complica mais do que facilita... Continuou, pelo corredor, passado a vista pelos cartazes, propagandas e detalhes fortuitos que, se registrados, dariam uma bela fotografia, talvez...
Girou a chave, entrou, acendeu as luzes, pôs a bolsa sobre a mesa, ligou o ar-condicionado, cada ato executado como se fosse automático, como se já fosse rotina... mas tudo era novo, toda a encenação.. Sentou, abriu os livros; caneta, cabeça, cadernos e coração.
O chaveirinho de tambor bunitinho ainda balançava, e fazia um barulhinho lembrando a onomatopéia que denuncia o tempo passar...mas o tempo não passava e ninguém batia à porta, tomado por desespero, ou a clamar por ajuda. E ela estava alí: disposta a ajudar, ouvir, ser útil, enfim...mas esquecera que vive num mundo de pessoas independentes, num amontoado de solidões egoístas, na esfera da hipocrisia coletiva!
Desistiu, a moça dos olhos tristes, trancou a porta novamente, trancou-se num cubículo frio - e isso, de certa forma, é até agradável - mergulhou no silêncio das cadeiras, na inexistência de uma presença humana... afogou-se em si e desapareceu.

someone changes my day...

Entretanto, eram amigos a algum tempo. Deitados, não, jogados no tapete felpudo no chão da sala. Estudaram juntos algumas vezes, foram colegas de classe. Ela ficava pensando no que acontecera, mas não sentia vergonha de encará-lo; o toque das mãos masculinas, o cheiro do macho, tudo muito selvagem, mas, por dentro era doce, suave e tranquilo...

...Como o silêncio que circulava no ambiente, embalando dois corpos embriagados de êxtase.Saíram. cada um de seu mundo, de sua confusão, sem esperar ao certo um encontro casual, em lugar algum. Era noite como uma noite banal, cercada pelo concreto, crepitando em pontos de luz suspensos no espaço que iluminavam ruas e aqueciam fantasmas ou espíritos sem luz. Tinha uma mania ele de mecher no cabelo enquanto lia, e assim ía; e ía lendo, assim, bem folgado até se dar conta, novamente, do mundo, da pessoa ao seu lado; que ele conhecia.

Sorriram...da maneira como ela riu ao sair de casa, sem rumo. Tinha na bolsa grande tudo jogado: batom, chaves, preservativo, carteira... e lá no fundo um cd de blues. Trancou a porta de casa, ligou o carro e entrou na livraria. "Meu primeiro salário! mereço um livro...", pensou baixinho.

E agora, eram corpos encaixados, mãos espalmadas, sincronia de movimentos, cabelo e respiração que ia e vinha, ia e vinha, vinha...ás vezes quase faltava! Eram taças de vinho, o ambiente em blues, cheiro dele nela, doce dela nele! Beijo de quatro olhos fechados, perdidos na imensidão de seus cosmos, unidos pelo elo que o braço formava em volta um do outro...

Igual ao abraço na livraria. o abraço de encontrar alguém conhecido. após tanto tempo, após escaparem todos os dias da comum cidade caótica, da mesma rotina monótona, de um dia qualquer! Sentaram, beberam, gargalharam, discutiram - sim! o amor deixa suas marcas - silenciaram, e, de mãos tímidamente tocadas, escreveram mil perdões nas entrelinhas, num diálogo que alí não cabia. O som, o sax, o ritmo, tudo embalava duas vidas no memso tom. intensidade. eles dançavam, brincavam com uma cumplicidade espantosa, escondiam-se, risinhos voluptosos.. ela sutilmente dançava sorrindo sozinha e o fazia de voyer. gostava da sensação de ter o olho dele escorrendo pelo corpo; dava até arrepio, sem nem ser tocada! Ele gostava do sorriso, do rubor na face, do corpo brilhando em suor, dos seus cinco sentidos aguçados pela presença daquela mulher, que tava na turma dos colegas de classe, paqueras de Faculdade, no tempo dos vinte e poucos anos...

Perderem-se, outra vez e mais uma, naqueles cubos solitários, abaixo das luzes dos homens, presos no cotidiano desesperador. e isso não mais desenhavam as vontades. os desejos eram únicos e recíprocos. E aquela música marcou, e o encontro rolou... e, como estavam, vão continuar, mas dessa vez, num infinitivo de dois particulares.

Obrigada...

Meu chá está esfriando, eu me pergunto porque
Por que eu saí da cama
A chuva da manhã está sob a minha janela
E eu não consigo ver nada
E ainda que pudesse, tudo estaria cinza
Mas seu retrato na parede me faz lembrar que não é tão ruim
Não é tão ruim

Bebi tanto a noite passada, tenho contas a pagar
Minha cabeça está doendo
Perdi o ônibus e hoje será um inferno
Estou atrasada pro trabalho de novo
E ainda que estivesse lá, todos insinuariam
Que eu não ficaria até o fim do dia
E então você me liga, e não é tão ruim
Não é tão ruim

Eu quero agradecê-lo
Por me dar o melhor dia da minha vida
Oh, simplesmente estar com você
É ter o melhor dia da minha vida

Empurro a porta, cheguei em casa finalmente
E estou completamente molhada
Então você me alcança uma toalha
E tudo o que vejo é você
E, mesmo que minha casa desabasse agora,
Eu não perceberia
Porque você está perto de mim.

Eu quero agradecê-lo
Por me dar o melhor dia da minha vida
Oh, simplesmente estar com você
É ter o melhor dia da minha vida


eu espero que sim...

tudo muito abafado e seco no nosso dia de ressaca moral, entretanto, espero eu que seja realidade as verdades que todos comentam e que preenchem meu vazio de cores alegres e serenas. Quando te olho nos olhos enquanto me derreto toda, consigo ver tua pupila dilatando, quase posso tocar tua alma..e te passo um pouco de mim através dessa janela aberta. E se não for, já aprendi a guardar as cores da esperança e só deixar doer o suficiente enquanto a lágrima escorre aqui dentro..e purifica!..pra renascer depois, mais forte, mais viva...renascer pras possibilidades, porque é só o talvez que temos a dar uns aos outros...
de vc, eu espero que sim.

o bandido voltou!

o bandido voltou!
e não deu pra fugir..chegou me tomando de assalto, com seu elo de carne e pêlo em volta de meu corpo, com seu cheiro me entorpecendo.
o bandido voltou!
nem marquez me salva, nem todas as veludosas vozes que vagam nas melodias que encantam, nem tudo nem nada, nada impede, nada detém...talvez nem eu queira, tanto quanto quero.
de repente, o bandido, sob meu lençóis, debaixo do meu vestido, me cobrindo com sua essência, espalhando seu rastro pela minha sala, de novo acalmando meu caos, camuflando a realidade com sua presença de primavera...fingindo que a primavera não vai acabar, mas ainda lembro que quando esquenta muito é porque depois vai esfriar.
o bandido se alimenta em mim, como um vampiro suga todo o sangue quente..e eu permito: seus dentes em mim, sua língua percorrendo meu corpo, o peso de sua mão nos meus pedaços, a lascívia escorrendo de nossas carnes..
eu permito porque o bandido me traz o algo em troca; mesmo que efêmero, mesmo que confuso... ele deixa em mim muito mais, além da misteriosa impressão de que vai voltar...

e eu repito:
bandido, volte sempre...

cabe(em(não(cor(meu)ação)cabe)minha)ça

[meu] pensamento

são tudo recordações
não é o bastante
não cabe em si
precisa sair
voar
seguir em frente
quer correr e divagar
devagar
devagar
tenta esquecer
tá em você
foge!
tá na lua mergulhado em si
cheio de dor
multicolorido
na tranquilidade da ébria paz
faz prece
imagina
acredita!


e eu nem sei por onde anda...

deite comigo

enquanto estiver frio
e quando tiver calor
esta noite
à beira do abismo
bem perto
de todo jeito
em noites curtas e longas
estou aprendendo a esperar
deite comigo eu repito
sinto seu gosto dentro de mim...


uma brisa que chega, me faz recordar
das noites sonhos e melodias
e o bailar de nossos corpos
o fôlego, teus dentes
as marcas que vc deixou em mim...

Big Calm

Ouço-te, apenas, e, simultaneamente, pensando no que te dizer quando você terminar de cuspir tua dor, teu vazio..mas palavras não preenchem vazios, não são corpóreas. Ficamos em silêncio, absortos cada qual em sua reflexão... Nós poderíamos ficar simplesmente sentadas aqui versando sobre as horas de solidão, recordando os dias em que tudo se mostra raro e impossível; mas perderíamos as cores do dia, a brisa quente que nos faz sentir vivos.
Viva, amiga, viva tudo o que há pra viver, tudo o que vc trouxe p sua vida e mais aquilo que veio de brinde, porque não é vão, não é irreversível e tudo pode ser aprendido; absorva e filtre...
Proteja-se e lute!
Cansei de ti dentro de mim..transbordou, enfim, e era exatamente isso o que eu queria: me encher de você!..tua barba por fazer, teu cheiro de macho, a força da tua mordida que não me deixa marcas perceptíveis..pronto, já chega. Porque se eu abrir a porta propositalmente pra vc me invadir, todo dia, todo dia, periga eu não morar mais em mim, esquecer das contas pra pagar, fingir que a vida é só respirar vc.
Aliás, cansei dessa palavra: você.
cansei e queria te dizer..mas quando chego na tua frente e coloco a mão na cintura, vc muda de nome, teu nome, e repete repete repete...
Existem gotas de sangue em cada ponto da reticência...

Pra bem falar a verdade, esqueço que tudo não passa de uma grande farsa.
Finjimos eu, você e mais o mundo inteiro, enquanto tudo explode lá fora, enquanto muito implode aqui dentro. Somos complexos transbordando enígmas quase indecifráveis, mas nem por isso menos misteriosos, receosos de si..pq ninguém sabe o quanto de sangue mancha a alma ou o quanto de trevas ilumina as incertezas.
Torna-se fácil acreditar nas próprias mentiras quando os tempos estão estranhos, as piores à se render; indefeso de si mesmo..

Lua cheia

o que tu anda fazendo?!
pensando...muito,e tentando colocar as coisas no lugar..
tá dando certo?
tô lutando pra isso,já reparou que é lua cheia?
[ele olha pro céu e fica assim durante alguns instantes...pensativo...sabia que ela tava querendo escapar à francesa, e achava isso nela engraçado]
é..é sim!tá vendo São Jorge?sabe a oração?
não, mas já devo ter visto em algum lugar.gosto mais da música...vc sabe tocar?
[ela ficava alí, olhando-o tocar, desafinar baixinho e com o olho brilhando à lua...]

É chato fingir que está por perto..


Ela liga, manda mensagens, deixa frases soltas escondidas por entre as páginas do livro que estou devorando e invade os lugares aonde não estou..contagia todos os móveis de minha sala sem sua presença, ensopa meus lençóis com seu perfume e exala sua libido pelo ar num rastro que não consigo acompanhar! Isso me angustia tanto... principalmente nesses dias em que acordo oco, em busca de absorvê-la, pq eu quero ela dentro de mim, me transbordando, vc entende?!
Sim; entendo desse embrulho que dá no estômago quando o coração bate em descompasso. Sei bem como é chato fingir que está por perto; ouvir, ler, sentir e não poder tocar...tocar. E nessa hora nenhuma palavra conforta, pelo contrário, instiga!..é uma pena eu não saber dedilhar as cordas do teu violão pra te cantar alguma canção que traga paz; nem eu msma estou em paz...

Casa comigo!!!



Michel Melamed em Regurgitofagia.

O solitário desabafo

Letreiro em papel, berra às vistas: "Você quer mudar alguma coisa?", pra quê? pra despertar o confronto mental de sempre, que pelo menos vai distraindo dentro do ônibus, pra ela não lembrar que está percebendo aquele cara insuportável encarando-a com a fixação do olhar de um predador nojento e selvagem, e também não se importar com o despeito que provoca nas outras fêmeas, fazer de conta que não tem um quebranto qualquer em sua direção...

Exausta e faminta, de todas as fomes e cansaços possíveis, mudaria tudo, não, melhor: mudaria nada. Isso é esforço inútil. Eu, do alto de minha pseudo-maturidade, cabelos tingidos e ex-fumante, não, melhor pôr as pernas pra cima e pensar a iniciar a revolução da minha cama. Muito me incomodaria ouvir as minhas lamúrias, um incorformismo desgraçado, principalmente de ser Humana e não me contentar com nada, nem com pouco, nem talvez muito...

Explode!

explode aqui dentro a vontade de pôr meu olho na linha reta e imaginária do teu olhar. curiosidade de te enxergar por dentro, pela janela da tua alma; mas dá medo de não a encontrar por dentro de ti, sei lá, de repente tá perdida, de vacilo por aí...aí é vc dentro do meu pensamento, nadando no meu lúdico. eu sei pq alguma coisa aqui dentro implode e me encho de escombros e muita ´poeira. Acendo um cigarro e disfarço, ponho aquela máscara que te falei semana passada, aquela que vc nem viu e nem lembra que falei..de certa forma, ainda bem, pq assim não corro o perigo de vc me desmascarar, qualquer um pode me colocar nessa situação humilhante, menos vc. Pq, se fosse vc quem destruisse minha farsa, o teatro todo explodiria e voaria pedaços de nós pra todos os lados..e assim não é legal: muita sujeira pra limpar, cacos voando em velocidade alucinante que nem machucariam ninguém.
E, se for pra eu explodir, meu bem, queria poder sobrar apenas numa sanguínea pintura surrealista nessa parede.

último de Setembro.

Pra terminar esse Setembro
com o gosto que mês passado deixou
nem reclamo mais do calor
me esqueci de comemorar
os tantos muitos pontos

Tarde cedo, eu me lembro
de como incerto começou
havia vontade, desejo e um tanto de amor
Agora parece ser só esperar
construir e viver nossos tantos...

No nascer do primeiro dia
o doce do mar, nas férias
vai batizar
duas alegrias
e depois
quatro almas humanas!

Alguma divindade, piedade!

quantos prantos em fios escorrendo,
dos simplórios inocentes ainda cairão
em nome de um deus, da fé cega que amola a ponta da lança,
mortal?
quantos tremores diante de injustiças ainda acordarão meus músculos
impotentes em face de tanta barbaridade?
quanto tempo vai [per]durar?
os jornais mancham minhas mãos de sangue,
inundam nossas esperanças das mesmas más notícias...
ainda existe esperança pra essa vida falida?
será se ainda?!

não vá, ou... vá!





algumas coisas precisam ser verbalizadas e você resvala lento por entre os meus fios de ilusão que andam dando uma base de sustentação pra quase toda a alegria.incontida, fica sempre um pouco do teu olho dentro do meu brilho e nosso gosto misturado na essência do ar.um instante, assim tão efêmero, é tão mágico quanto uma vida inteira e cabe dentro da cartola absurda do senhor das ilusões. em minhas divagações, queria te guardar num verso, me esconder numa música pra sinalizar o instante do nosso encontro. vejo as energias, multicores, emanando pro espaço além-ver...e você sai..vai.. indo embora...

Domingo, obrigada...

Hoje merecia muitas fotografias..mas preferi guardar tudo na minha lembrança. A brisa, o calor e a perfeita simetria dos tijolos na parede. Ver teu corpo suado me dava sede, e alegria a conversa infantil na varanda...

..e eu queria te agradecer pelas horas, olhares, sono e esperanças.

os planos

em pano de linho
macio algodão
eu bordo nossos planos
as combinações de duas intensões
imaginando o amanhã
uma caixa de sapatos repleta de fotografias
creme de abacaxi no congelador
domingo almoço cinema e descanso
é tão lindo sentir o cheiro do teu sonho de família
coisas que queremos construir
melhores do que a gente tinha
colorir cada canto da casa
plantar nosso jardim
ver os brotos crescerem
e semearem bons frutos
pintar nessa tela a arte da convivência
eu me encho de altruísmo
que esse Amor nos permita acreditar em melhores dias, em esperanças...

Juntos

Discutimos,
estancados no semáforo
piscando verde,
quando deveríamos prosseguir
juntos.
Farpas e munições
escondidas sob a pele
dentro do coração
rubro sangue
num instante de ira.
Refazendo os laços
juntando os cacos
desculpando
um ao outro.
Perdões e beijos
se confundem
na noite brisa amena
suor e amor
marcam as paredes e o chão.
Os amantes ficam bem melhor juntos...

Para além do seu egoísmo..

Tem um antídoto
sem receita prescrita
eu não caio roto
mendigando tua simpatia
Olha, repara
que o mundo não cabe no seu umbigo
que a sua tristeza não tem ombro amigo
enquanto vc passar pelos espaços
vagando vazio
cheio de egoísmo
egocentrismo
transboradando a si mesmo
Mais na frente tem um abismo
que há de te receber
à dentes afiados, goela aberta
que vai te mastigar e engolir
Trate de digerir sua arrogância
vomite, ponha pra fora
pois a esperança
bailarina
aqui fora dança pra ti
dos dias que se abrirão, mesmo sem a luz do sol
na fresta da janela
do vento que virá te abraçar
convidar pra passear
e mesmo estando entre os muitos espaços
no vácuo, vc não estará.

Sexta-feira têm..

tem solidão pingando dos olhos, nele
tem fumaça saindo do cigarro, ébrio
amor, nos cacos espalhados no asfalto
de um coraçãozinho filhadaputa!

tem o cheiro do avião vindo de perto
do outro lado do muro
tem uma garota escrevendo loucuras no espelho
e apagando o vermelho, escrita de batom:
"escroto!"

tem letras, livros e poesias
tem rimas, ritmos diários e melodias
tem muitos sozinhos
em cada quadradinho
pequeno por fora, gigante por dentro.
tem dor
sós e lamento!...

Ontem...

Todos pareciam atrasados, sempre correndo, aos tropeços..eu apenas lia as capas de livros na vitrine. Adentrei bibliotecas, me inspirei. E, um pouco mais além das estantes, desse castelo de vidro, as personas fugiam uma das outras, evitando até os contatos mais sutis, cercadas pelos seus muros cinzas. Eu pixo: tem alguém aí?..e as fagulhas de rispidez voam atingindo pessoas sãs.

Eu tento ouvir com minhas mãos espalmadas. Devoro filósofos e filosofias, mas continuo me sentindo vilipendiada, inerte num mundo insano. Prossigo na contra-mão da procissão, pele queimando a cada pingo de parafina aquecida, talvez estejam todos velando essa vida efêmera, que num sopro mais forte, pode apagar a chama...

Transpirando multidão, me disperso no aglomerado urbano, na selva de concreto e aço, entre os demais e tantos. Nós vamos sempre em frente, no ritmo do tempo, fingindo que não nos importamos, que a humana emoção é inatingível... mas daqui a alguns minutos, cambalearei ao tentar retomar, refazer, re-agir, e o dia transformar-se-á em ontem, e cada um viverá de seu passado...

Papéis avulsos

era como se soubesse
como se alguém me quisesse
contar um segredo, medo
um desejo de se manifestar...
queria que você tivesse visto
isto que acontece
que é tão estranho
que flui no meu infinito
meu mundo
bendito
repito: aqui faz um sentido tamanho!
não se acanhe, se não conseguir enxergar
ou se a letra estiver difícil de decifrar
era como se soubesse de si
cada papél avulso
suspendo no ar,
em firme pulso nem o vento pode
te arrancá-lo das mãos
por entre teus dedos, eu estou
em letras, tinta e entrelinhas
nesses papéis
...eu estou em tuas mãos....

Obrigada por existir.

Seria só saudade
sem você aqui...
Alegria que invade
e contagia quando ela ri
Os passos curtos e rápidos
pela sala e quartos
o colorido de teus rastros
fazendo trilha no meu futuro
Vontade de ser teu, inteiro
Sabido que o amor não irá acabar!

E aí, aconteceu você!




Depois da queda
o encontro
a salavação
um olhar meio tonto
conversa
e admiração
A vontade de se ver e rever
ouvir e sentir
as letras ritmos e sonhos
Porque é bem como vc me disse
baixinho, ao pé do ouvido
"a alegria é a melhor coisa que existe"...




..concordo
e acordo pra felicidade!
O moço da veludosa voz me acalma e têm me ajudado. A vibração das cordas, a mensagem na música vai levando ralo à fora a suja água, a lágrima... e purifica a alma!




Foi (Gonne)

Bem, olhe para aquelas roupas chiques
Mas essas poderiam nos manter aquecidos
Assim como aquelas
E quanto a sua alma?
Está fria?
Saiu direto do molde
E pronta para ser vendida?

E carros, telefones e anéis de diamantes
"Bling, bling"
São apenas coisas removíveis
E quanto a sua mente?
Ela brilha?
Ou há coisas que te preocupam mais
do que seu tempo?

Foi indo
Foi-se tudo
Foi-se, não deu a mínima

Foi-se como os pássaros quando não querem mais cantar
Pessoas que se foram
Todas desajeitadas com suas coisas


Bem, olhe para você, saiu para fazer um negócio
Você tenta ser atraente, mas você perdeu seu apelo
E quanto àqueles sapatos que você está usando hoje?
Eles não servirão para andar
Nas pontes que você queimou ao longo do caminho

Você está querendo vender qualquer coisa
Foi-se com seu rebanho
Deixou suas pegadas
E nós vamos envergonhá-los com nossas palavras

Pessoas que se foram
Todas descuidadas e consumidas
Foi
Foi indo
Foi-se tudo
Foi-se, não deu a mínima
Foi-se como os pássaros quando não querem mais cantar
Pessoas que se foram
Todas desajeitadas com suas coisas...

Jack Jhonson!

Não pára!

Enquanto o mundo vaga
perdido no nada,
na constante transformação,
o homem percebe
que não consegue parar
sua própria evolução.
Seus erros e lágrimas
o que pesa em seus ombros
a responsabilidade irresponsável
fantasmas e assombros
buscas partidas encontros saídas...



"Where is this love, to be found?"

feliz registro, feliz!

Eu fico feliz
pelo sol que nasce entre os cajus
pelo setembro calor quentura
amigos, piscina, mãe e filha
pelo seu novo amor
por todo amor que ainda há no mundo
pelas pessoas de bom coração
[eu sei que existem
nós não estamos sós]
Eu fico feliz
sinceramente
pelo tapa na cara
pelos cacos de mim que estou colando
faltam pedaços
mas não existem ladrões
Eu fico feliz
animadamente, contente
pela palavra de fé
por acreditar em mim mesma
pela tarde sumindo e a lua chegando
com suas estrelas bailarinas
Eu fico feliz
e meus olhos vão registrando...

Drummond, inútil dormir...

Nem sempre dá certo, o planejado às vezes baila com o imprevisto..mas ainda há as letras, o sentimento.
Ainda há alegria, esperança.



Mesmo que Drummond tenha me aconselhado a dormir...

"Isso foi uma metáfora, Jack"

Vc lembra da estória do duende
no fim do arco-íris
procurando o pote de ouro
e só haviam cereais?
Cereais que brilhavam de longe
pra suprir uma fome
e o duende queria ouro
pra luzir na vida
mas cereais não são valiosos
e o doído duende não entendia
que o colorido do arco-íris
não vem do ouro que brilha...

Nós, pessoas.

Frenéticos, pessoas
somos todos!
a alegria dura pouco
entre tantos rostos
dissolve-se humor
os vampiros continuam
sugando sugando
o pouco que ainda nos resta de brilho próprio
estima em oscilação
E o prazer embaixo de minha língua
dura pouco
efêmero e frenético
assim como nós, pessoas.

Semea.dores

No tinto labirinto do sonhar
devaneios que não passam de ilusão
intenso amor
vida longa,
semente pura que germina
no utópico mar,
plantada na imensidão.

Entre as linhas de nossas mão humanas
mundanas esperanças de plantar
o que o humano coração há de lançar
na fogueira da solidão.

Eis-nos aqui
crepitanto desejos
ardentes anseios
e após, saciados, envenenados de si
deixamos matar a semente
pois o mundano humano prefere a dor latente
do que esperar o broto florir...

Se parece com todo mundo

Pesadelo, acordo palpito e oscilo
entre o sono e a mensagem
e durmo.
Acordo, ponho-me de pé em acôrdo com o despertador

Penso penso penso
demais!
até mais do que merece ser lembrado.

Como, vivo, choro e rio
olhando de vez em quando pro rio,
quando sobre ele passo...

Noite, chego, brinco
amo
e durmo...

os cacos de mim..

depois de quebrar [a cara ou] um coração, pergunte [-se]:
"- Você está se sentindo melhor?!..ou vc sente o mesmo?!"
Mas, entre a realidade e a ilusão, fico no verde, na esperança...



Pensamento Positivo, sempre!!!

Machen Sie Keine Oper!

Da nossa dor
não faça uma ópera!
Não componha a lira
que acompanha a rima
Não recite ou declame
a triste poesia que contamina
já não é o bastante tanta impregnação?!
Esqueça dessa ode
desse ódio
Fuja!
nos corredores
nos labirintos
desse palco sujo, absurdo.
Tape os ouvidos e guarde a sua dor...

o longo dia acabou

pra quem percorreu um longo caminho, ou repousou no desconforto da espera, agora um bom banho, perfume..é o meu abraço que ela aguarda e guarda um doce-azul em seu coração. amor que não se mede, única, como todo amor...
O dia escorre entre as grades da janela e quando a tarde pare a noite eu me dou conta que as horas viraram cinzas, olhando pra esse monte de tocos de cigarros. Perdi meu tempo ajudando a poluir o mundo, de várias maneiras. Ajudei meu corpo a ficar um tanto mais doente e minha mente, mais vazia... Agora o diabo promete pernoitar no meu travesseiro, se esconder aonde dormem meus pensamentos.
Eu tento, tento... deletei os contadores, abri os cadeados, e não me interessa mais qualquer tipo de prisão. Engulo, à seco, toda a liberdade à qual estamos condenados, à qual muitos poetas e loucos correm atrás, numa maratona insana.
Enquanto isso, eu continuo...finjindo sentir-me oca.

Domingo no azul

dormindo, estava, acordo e finjo não te perceber..teus pés juntinhos aos meus. cansados, somos dois corpos cansados, restos da noite infinita. Levanto, te passo um café forte, mas eu prefiro suco; e dá um arrepio teu sorriso caçoando de minha nova fase "geração saúde".
No batente da cozinha, sentados, planejamos mais um domingo no azul dia. Caminhadas, músicas e banhos.... não sei porquê a dois sempre fica mais gostoso....







..e por aí vamos!

última gota

eu, eu eu
sempre eu e meus pensamentos
meu egoísmo...
estou cansada de olhar, reparar
e me pôr abaixo de mim mesma
de escrever digitar essas letrinhas
que não estão contribuindo


pq eu sou msmo uma sem graça, sou só mais uma na multidão
pq eu falo besteira msmo, sou totalmente sem noção
pq eu ñ tenho mais amigos, os que eram verdadeiros, hj são verdadeiras ilusões


por isso nunca mais abrirei esse espaço
pra ficar aqui guardado o q eu ñ quero nem lembrar q escrevi



eu só queria sumir...
Não precisa indicar a saída, a porta ainda está aberta e assim vou deixá-la, caso a janela pareça pequena demais pra me ver partir. Acenda o cigarro, dê longos tragos e goles curtos no gim, pra molhar a garganta seca de tanto gritar, espernear, enquanto eu estiver longe. nós somos recheados de orgulho inútil, que sequer nos faz dar valor à poesia de todos os dias. eu e o mundo inteiros, centenas de milhares de opostos singulares. cada um no seu universo, imerso em cada própria solidão, ilumindaos pelos focos de luz em postes, errantes pelos caminhos, vitoriosos a cada golpe de sorte.
E agora, te sobra uma casa repleta de lembranças nossas. Sala, quarto, chuveiro e tapete, tudo aqui tem o aroma de quando estávamos ligados, num elo de braços, na confusão das bocas. Nada substitui, portanto, embriague-se e adormeça... este momento vai passar.
Talvez ela tenha razão...enquanto eu me escondo por trás das coisas simples, tanto brilho lá fora, quase me cega. e eu nem sei pq ás vezes me sinto assim.
se pudesse, faria tudo diferente, mas com receio de que sempre acabaria aqui, nesse lugar comum, igual a todo mundo quando tá meio assim, resignado, introspectivo...
amanhã tem encontros, domingo tem retorno e abraços. matar as saudades.
bom, não quero falar sobre amanhã, nem encontros..
nem sobre você e eu...ou "nós"...
aliás, nem quero falar!






alguém me abraça, por favor?!?




eu quero a paz dos que atravessaram uma longa espera, o conforto de quem andava pelo mundo, perdido..pq eu estava por aí, me desviando das bombas, suportanto, tentando continuar.

mas hj eu quero alegria, festa, balão e fantasia. vou brincar com minha criança, vamos espocar o céu em gargalhadas, que soarão longe, que atingirão os alvos e vão eliminar os inimigos, fantasmas, os pessimistas..

quando eu era jovem e havia perdido todas as minhas palvras, eu não sabia. quando eu vaguei pelo tempo, coberta de desenganos, profetizando desventuras, eu achei muitas palavras pelo caminho, foi o vento, companheiro, foi ele quem me ensinou.

enquanto o mundo gira feito pião em festa de criança, enquanto as crianças dançam e se cortam, se destroem, se enfeitam pro mundo, enquanto eu vivia de ilusões, as bombas ainda caem, e machucam muita gente!..mesmo àqueles que sabem se esconder delas...

foi aí que eu senti a dor da impotência, os pés atados pelo inimigo que não conheço. foi aí que eu vi a nossa incapacidade de lutar pelo simples fato de não sabermos, de não entendermos, e por isso, eu e meus amigos nos escondíamos entre as páginas das revistas, por trás de fotografias, de filósofos..

e agora? eu me reconheço e sei de minha força...
e vou começar uma revolução da minha cama!
Pensando no mundo.... na vida....



Que a paz esteja dentro de você hoje.
Que você creia estar exatamente onde você deve estar.
Que você acredite nas infinitas possibilidades que nascem do destino.
Que você usufrua as graças que recebeu e passe adiante o amor que lhe foi dado.
Que você seja feliz sabendo que é um filho de Deus.
Que você deixe a presença de Deus entrar em teu corpo e permita à tua alma a liberdade de cantar, dançar, orgulhar-se e amar.
Ele está lá, para cada um de nós.



depois de pensar em tudo só ler isso me salva a fé e renasce a esperança...
Hoje contei pras paredes
coisas do meu coração...

caminhei no tempo
passeei nas horas...






Marisa Monte
- Adianta escrever se ninguém vai ler?
- Adianta, sempre.

..::Morel, Rubem Fonseca::..


Hoje meio cansada, continuo no caminho, na sina de todo dia. Comida na mesa, casa grande..quem sou eu pra me sentir triste?! e o que é o quê pra tentar me desnortear?!
Maior mesmo é o sol, universo..minha imaginação teima em lembrar aquilo que já esqueci.esqueço, então!
As palvras às vezes se escondem e fico pra dentro.registro algumas coisas, e tento eliminar os fantasmas, consigo!
e sigo em frente.sempre!



"Ahhh, mas eu tô tão feliz; dizem que amor atrai..."

Eu preciso dividir
amanhã e depois..
obrigada, Deus, obrigada msmo!

diga que vc tbm viu

Carnudos, lábios de homem, macios..língua suave, doce de mel, doce de pecado, daqueles que ninguém se arrepende depois. Já provei, abusei, gostei de novo!...Boca de sorriso, chateação, de "tô de saco cheio". Dentes fortes, de mordida gostosa com respiração ofegante, marca com os olhos fechados, nem vi, ôpa, foi mal...depois de tudo é sorrisos, olho no olho, dois bem pertinho..brincadeira com as mãos, aperta, solta, carícia e carinhos..um monte deles, divididos entre dois, duas intenções, se forem iguais, é sorte das grandes!
é conversa baixinho, é selinho, é segredo, ao pé do ouvido..em seguida levanta, dança enquanto faz um lanche; por fim, chega o silêncio, de paz, de alegria que não espoca balões, de festinha em si mesmo..Cochilo de dois minutinhos, que nunca duram o tempo bastante, que é pra deixar saudade, e pra ficar pensando depois em boca, perfume, mãos e segredos..coisas que um dia você vai saber, no monólogo que eu vou declamar, cheirando cangote, no pé do teu ouvido...


Tenho unhas vermelhas e mãos azuis..cabelos, olhos e instinto rebeldes! Começou quando eu amanheci determinada a, finalmente, ser mais...mais eu, mais firme, a mais de todas! Posso parecer egoísta, ms não, chama-se "amor próprio", apenas uma mudança no sentido de visão, de pensamento..enfim!
Todas as transformações vêm de dentro, do escuro, daonde vc não consegue chegar, tocar, sentir..só o sonhador pré-sente o instante bem antes do mundo girar e ir pra um novo lugar. To na pouca fala e muita, mas muita idéia msmo! Aprendendo a ser prática e a praticar, praticando.
Eu tenho um sentimento do tamanho do mundo..eu tenho um mundo de sentimentos dentro de mim!



...e, por hoje, é só, talvez.

Me too!!!!!!!!!!

Start Me Up


If you start me up
If you start me up I'll never stop
If you start me up
If you start me up I'll never stop
I've been running hot
You got me ticking gonna blow my top
If you start me up
If you start me up I'll never stop

You make a grown man cry
Spread out the oil, the gasoline
I walk smooth, ride in a mean, mean machine
Start it up

If you start it up
Kick on the starter give it all you got, you got, you got
I can't compete with the riders in the other heats
If you rough it up
If you like it you can slide it up, slide it up

Don't make a grown man cry
My eyes dilate, my lips go green
My hands are greasy
She's a mean, mean machine
Start it up

If start me up
Give it all you got
You got to never, never, never stop
Never, never
Slide it up

You make a grown man cry
Ride like the wind at double speed
I'll take you places that you've never, never seen
Start it up
Love the day when we will never stop, never stop
Never stop, never stop
Tough me up
Never stop, never stop, never stop

You, you, you make a grown man cry
You, you make a dead man cum
You, you make a dead man cum

Eu bem que me avisei...

Cansei de conversar com as paredes, da sala, do quarto, quintal...
As plantas no jardim estão surdas, mudas, inertes....
Começei a ler aquilo que escrevera em outras páginas, mentais, virtuais, no papel...são sempre as mesmas páginas, tantas idéias tresloucadas, tantas!
Lembro-me agora daquela música que tanto gosto, mas que só ontem a noite entendi!..não, ela não falava em fuga; lembrei que um dia alguém me questionou, eu estava equivocada!realmente...
Superação das coisas que fazem parte da vida; um dia a maré tá boa pra nadar, daqui a pouco pode ser que num preste, nem pra peixe!..e a gente passa por um monte de coisas, que ás vezes parecem unissonas, mas tudo é dúbio, embora não esteja eu neste instante...
continuo aonde parei: tentando mudar o mundo, pelo menos o meu!
..já é muita coisa, né?!
Eu só queria poder sumir
existir, poder ser em outro lugar
bem longe, na fornteira do esquecimento
viver de vida e não de pensamento
ser real e rejeitar par sempre
a idéia perfeita de Platão
pq essa utopia é que estraga
esse idealismo é que condena



Desejo, agora com mais intensidade que outrora,
que primeiro eu saia dessa cidade
dessa gente miúda e graúda
e depois, o tempo vai passar
pq ele semrpe passa....

Confusa(o)

Sem deixar meu personagem roubar a minha cena
caminhei pelos corredores vazios
entre as estantes, respirei livros
sonhei com poemas
Faz tanto tempo, tanto tanto...
vc me viu assim
confusa e perdida num ambiente calmo
pulsava nos meus olhos (nos nossos olhos)
uma vergonha, um medo de se deixar ver
mas eu me deixo
eu sempre deixo, e já não me queixo
se ninguém percebe, se importa, se hesitam.

A lua hoje a noite vai iluminar idéias
desejos e ausências
Porque vc tem razão quando diz
e realmente eu não sei o que faço
aquilo que estou fazendo
eu não entendo meus motivos
nem sei se eles existem
então pq se exige algum?

Toda vez, quando eu me afasto
e penso... vc chega pra me dizer
que eu preciso ficar sozinha pra saber
vibrando, dançando, sorrindo
em meio a um mar de gente
eu sou sozinha, vc ñ entende?!

Eu não estou aqui quando sentas ao meu lado
e divaga sobre suas experiências
A minha existência é nula
quando me tocas
eu sou uma pessoa
completamente confusa!


"E Clarisse está trancada no seu quarto, com seus livros, com seus discos, seu cansaço..."

Hoje eu acordeeei Felizzz!




Tinha sol, tinha céu, cheio daqueles tufo de algodão, formando desenhos, mandando sinais....Tinha água azul azul azul da cor do fundo da piscina, cintilando se eu olhasse lá de cima!
As grades ainda estão aqui, o silêncio ainda paira no ar, confundindo, pq nem todas as emoções são puro êxtase..mas tem sorrisos à balde pra isso, tem comunicação, ás vezes falha, ás vezes a sintonia é boa, outras, normal.
Tem segredo que não deixo tão secreto assim, tem lembrança nesse hd, tem espaço nessa memória...depois eu enfeito mais, mas eu sempre esqueço!Tinha eu, me permitindo, deixando, mesmo aqui, bem por dento, quando fico sozinha em frente ao espelho, cabelo molhado, cara lavada, mesmo tendo ainda assim um tanto de confusão e um tanto de querer e não-querer....

Meu mundo e nada mais.


Quando eu fui ferido, vi tudo mudar
das verdades que eu sabia
só sobraram restos e eu não me esqueci
toda aquela paz que eu tinha....
Eu que tinha tudo, hoje estou no mundo
estou mudado à meia noite, à meia luz
pensando, daria tudo por um modo de esquecer!
eu que tinha tudo hoje estou no escuro do meu quarto
à meia noite à meia luz tentando
daria tudo por meu mundo e nada mais.....

(Guilherme Arantes)


*Mãe! ñ é pq as coisas ñ deram certo, ou pq ñ saíram como vc esperava, que vc vai morrer por isso!...eu te amo, incondicionalmente!!! e estarei aqui quando essa dor passar, e ela vai passar...pq eu estou aqui pra te curar!*



."E ela me faz tão bem, me faz tããão bem...que eu também quero fazer isso por ela"

Não sei fazer poesia.

as lembranças caminham a passos lentos no meu jardim
por entre as flores e os frutos caídos
cada pegada deixa uma dor
daquilo que foi, ou não.... do que certamente não existe mais.
Telefone toca aqui dentro, nada me toca
nem tuas mentiras baforadas em minha nuca
pedindo pra que nunca esqueça
Mas ninguém esquece... apenas as coisas sem importância
vão se escondendo por entre as teias da memória....
quem perdeu? quem vai ganhar?
eu não sei!
aqui me perco na esperança, na espera
dos dias que não vão caber nas cores cotidianas
a paz que vai passar essas páginas no slowmotion
no show das horas, tendendo ao infinito!

tem gente que vê isso aqui e pensa que sabe muito sobre mim....

Perdi o meu caderno!..meus pensamentos gravados a tinta de caneta, segredos que as folhas coloridas guardavam, me perdi... por onde estarei eu?..eu me esqueci num banco, num ponto de ônibus!..por favor, quem me achar, me devolva a este eu, que está aqui, sozinho!
Em qual lata de lixo eu aguardo? qual braço meigo me abraça? quais mãos ignorantes me tocam? quem me risca, apaga... quem me lê agora?!andando pelas ruas, pela metade, sinto que contam meus passos, 1 2 3 4 5 6 7, parou, olhou pra frente, esquerda, pra cima....agora pensa, pensa pensa pensa pensa pensa...
Virou pensamento!

Hoje não tem poesia.

"Ele era assim, raciocinava sobre cada coisa que dizia, fazia, pensava. A todo instante estava se autoanalisando, refletindo, meditando, para se colocar no mundo. Tinham lhe ensinado a fazer isto. E no entanto vivia cada dia mais confuso."
(Ignácio Loyola Brandão; O homem que queria informações)
.
.
Vai! vai viver do jeito que tu quer! se enroscando nas teias lambusadas, se esfregando na lama, no meio do lixo...Vai ser fétido e pernóstico, vai te lascar!Fodam-se as datas, deixem os filósofos e os vazios grandiosos, mergulharem na liberdade de expressão, permita-mos não fazer sentido, vamos não ser sentido algum, livres de significados, e assim, enchermo-nos de conteúdos!...cada um fala por si, e se for mudo, muda a comunicação, porra!A evolução vem a largas galopadas, dopadas de oportunidades. Cansei de escutar o sábio mago que mora dentro do meu ouvido, sempre me assutando proféticamente toda vez que vou tocando no novo, toda vez, a mesma dúvida!Tua cabeça no meio da rua, bolando entre as pernas, na pelada da molecada, me fez pensar que prefiro enpinar pipas, olhar pro sol...sim, é proposital! E o Mago diz que o sol cega... cega mesmo! e daí?! e se eu quiser mesmo é isso?!por isso que ele jogou a cabeça fora, pra não pensar em nada, não enxergar mais nada! Ficou só o coração, pulsando emoções, me direcionando nas boas vibrações...

nas páginas por onde me perco

perdida entre páginas virtuais, mentais ou literárias. tantas frases construindo períodos de devaneios. divagações longas e curtas com os seres invisíveis e nem por isso inexistentes... um esforço pra não quebrar tudo em versos, pra juntar pensamentos num só parágrafo, construir um conto, que não vale 1 conto, mas que, te contribua em qualquer emoção, numa bobeira contada... Sussurando no pé do teu ouvido, as sensações sempre se revelam diferentes quanto estou contigo, e passar de folhas, cliques e flashes transcendem-me no infinito, tendendo a não entender mais nada... Meus heróis já não tem mais os pés de barro, são de sangue e impulsionam dentro das crianças atentas, a tentação de transformar tudo, começando por dentro! Rolando no asfalto quente, crepitando na fogueira junina, oscilando no bailar das pipas que pingam um colorido no azul de todo o dia, a minha criança se faz só olhares, e vai crescendo, crescendo crescendo... e agora descobre-se um ser que tem voz, e quer gritar!
eu e minha doce criança, dois seres, uma só essência dentro de um sinuoso frasco, olhos irrequietos, pensamentos atinados, perdidos nas páginas que engrossam o longo, e ás vezes tedioso, livro da vida... magia muita, agradecimentos vários!
Um homem visivelmente louco
engoliu letras e sons
vomitou música e poesia
de idéias e utopias impregnou suas entranhas
tamanha foi a confusão
dos senhores respeitáveis
com os respectivos cús fincados
numa poltrona semi-ultra-macia!
Mas o insano não se abalou
pois a loucura é mais confusa
que as idéias sãs encaixadas
nas gostosas almofadas de veludo.
e uma gleba dos que foram atingidos
pela rajada fatal do vômito inebriante
debatiam-se e gritavam
de puro êxtase
esses sim animavam!

promessas e mais....

vou prometer cumprir a minha vontade, meu desejo estrangulado por minhas próprias mãos. me purificar com a abstinência profana.. paranóia ou não, eu vou!
começando por hoje!
por que precisa-se, eu sei e vc também, de um tempo a sós.
longe, nem tanto quanto eu gostaria de estar, mas o suficiente pra afastar dos meus pensamentos escabrosos qualquer resquício de mal-olhado - aquele, atravessado seguido de um "rum!".
quem sabe eu me encontre, oh!vc por aqui, quanto tempo, vem cá me dá um abraaaaaaço!!!
pq tem dias, e são nesses dias, que a encruzilhada não vai dar em lugar nenhum, isso é só impressão, eu sei, por causa do cinza da neblina... mas pode consolar, eu gosto... de carinho... sincero....
e por fim, muita coisa por dizer...desculpas a pedir, ou nem tanto, pq somos todos inocentes, não é mesmo?!

about today

Porra!

tu já se sentiu feliz e trsite ao mesmo tempo, só que um pouquim mais triste que feliz??? blahhhh..quem não?!pq hj eu tive a impressão que falei a verdade quando falei uma besteira, que por ser a verdade não deixou de ser bobagem...e o vice também versa coisas sem sentidos que nem eu aqui nesse quadrado meticulosamente metrado! meta na sua cabeça, ou esse pinguelo que vc carrega em cima dos ombros e que separa suas orelhas, aquilo que tem que entrar pelo teu globo ocular..põe ele em órbita!!!!te aqueta, bota o pé no chão e pára de dedilhar os livros, pq eles não tem cordas ressonantes e é unissono nessa orquestra deficiente que ninguém entende nada....

eles não entendem nada!
nós não entendemos tudo!

..eu não sei, mas eu entendo...
as palavras se repetem nos letreiros
em mídias piscantes, no neon vermelho
idéias se confundem nos pensamentos dos profetas
na utopia dos filósofos, na filosofia dos boemios
e tudo fica livre e solto feito versos de Bandeira
tudo na realidade prossegue hasteando ilusões
causas perdidas docemente em vão
transboradante de significados vazios...





fluindo na velocidade das águas do velho Monge.
vou-me indo,
Amem

o que te falta?!

não quero ter contato com qualquer outra letra, enquanto eu estiver em sintonia com vc!
qualquer palavra nessa vida me faria compreender o existencialismo inerte de te perder
uns caracteres loucos nos encenam no locus teatral insustentavelmente absurdo, contudo
me disfarço mudo. tudo pra parecer anônima ou uma estranha, do alto do teu olho que vê
você que me engole em lendas, regujitando sinuosa tentação de desejo: ardo! receio! creio!
Engraçado, como tudo aqui tão calmo, me invento em lamentar-te, acalmar efeitos ébrios...
sentidos aguçados no raiar da lua, que já refletiram nosso suor voluptoso, gozo da luxúria
o que ainda te falta nesses dias tão iguais? minha perspicácia idealista, meu egoísmo insano
nada me deixa acreditar nos teus passos propositalmente taciturnos ao longo da sala, todo cheio de si]

na asa de dor do pensamento

um vento me beija o rosto, respirando em mim fragâncias enebriantes... Será saudade???
cada passo confuso e indeciso, a sensação do ciclo girando, ativo... Coisas que ficam pra traz, coisas que não guardo mais...
Palavras, movimentos, lembranças... tudo bom ou mal, muito nítido em meus olhos semi-serrados...
Será solidão???

Exclamo-me

A lua alumiando a tarde cor de rosa
a primavera se vai entre nuvens furta-cores
e entardeceres melancólicos
Traz as noites
cintilantes de Junho
entre brisas acalentadas
O breu celeste cravejado de brilhantes
centelhas da Luz divinal
Continuo seguindo pelas linhas concretas
a passos calmos, perdidos numa tangente entrecortada
suplicando que qualquer coisa me trague
em dois suspiros de atenção!
Esse jardim me protege de
algo que dez mil passos
e lendas escondem.
As asas do meu pensamento
derretem ao sol de setembro.
Tudo é quente, estalantemente!
Mormaço de mandinga
respingando feitiços pagãos...
Tudo se infiltra por entre os galhos secos,
entre as garras espinhosas das flores que não tem perfume

Assim, paixões e impressões não se cruzam..

- Lá está... do mesmo jeito que vi noite passada.

Uma parada, um ponto...os automóveis seguem loucos e certos de seus destinos. Água respinga do céu de maio. Olho no alto, pensamento atinado.

- Taciturno, absorto e um tanto displicente...

Imaginava o fervor de subir cada degrau, num compasso dissonante; um calor de esmorecer. Delirava e esquecia... e, quando não conseguia, pelo menos esforçava-se pra não pensar. Lembrar, já é morrer de pouquinho...

De repente, sumiu por detrás das plantas.. mas continuava alí, como quem se esconde por sentir que tivesse os movimentos vigiados.

No asfalto, lá em baixo, ônibus engoliam e vomitavam pessoas; cada um com suas frustrações, desejos e sandices. Todos imersos em universo particular, quase suspensos no espaço vazio, sem "ao redor".

- A distância não é "tanta"..

Pensava na relatividade das coisas, nas milhares visões de mundo... cada um de nós imerso em nossa própria arrogância... E, pelo vai e vem das luzes nas vias, sentia o tempo escorrer na mesma velocidade e leveza das gotas descendo no vitral...

- Todos seguem o intinerário da solidão!

Sereno da noite pinicava a pele, e a percepção aguçava. No chão e um pouco acima, pensamentos rimavam com vigília. Instantâneamente, sem serem recíprocos.

- Um olhar nivelado a outros olhares, faz-me falta...
- Com asas no pensamento e pés no chão sem ser visto...

Quando eu penso que acabou; recomeço!

***

As palavras vão caindo da goteira no terraço
inundam uma mente vazia, em devaneios
afogam os dias com seus anseios
deságuam em incertezas
e unem-se ao aceano das loucas ideologias.....


e assim se constróem Homens...

***

LuZ!!!



ás vezes é difícil ter esperança, me dar conselhos, acreditar nas pessoas e não ser idealista!...quem não iria desejar sumir também nessas horas?!

Nobody feels any pain...

Destruí meu lar e minhas esperanças
lançei ao vento, fui pior que Lucíola
..e nem cedi a encantamentos vãos
Nesta história não sou heroína
e o cavalo branco anda
sempre sujo!
O príncipe tá caído por aí, no passado
e nem é absurdo
se, de repente, eu o encontrar
Mudo!

with a litlle help from my child

Ei mamãe né pq as coisas não saíram bem como planejado ou pq não tá sendo tão simples como vc pensou, q o mundo vai se acabar né?!...Tá, tá bom, eu sei q tá doendo pq te vejo chorar que nem criança...


°.º


....mas ei mãezinha.....vai passar!
pq nesses dias q a gente se sente bem pequeninhinha, tudo conspira... e poucas coisas inspiram???

faz tempo q ñ escrevo aqui, que não mergulho nas letras e me embaraço nas idéias... Na verdade, estou forçadamente afastada das tecnologias, da maré virtual.... ando me encontrando em cadernos antigos, fotos, pessoas....

tenho até umas loucuras no papel!!!..olha só, quem diria?!

mas hj sou só um grãozinho d qqr coisa imperceptível.... e continou exagerada, thanks!

de onde vem a calma?

da direção oposta
de um lado esquerdo qualquer
de onde vem?
a camla, a lama
acaba na cama?
ou começa dentro da alma?
me fala,
explica essa paz
ensina me os dias que passam
sem sentido algum
Toca uma nota que me toca
coroa essas cores
em tons e nuances nunca dante vistas
põe na vista, olha e vê
de onde vem?
de onde vem?

sobre conversas sobre profetas e tals...

No caos surge o profeta
lá vem ele da miragem no deserto
vem do nada
pra nada e tudo transformar!
me mostra tua casa?
me diz como se chega..
me conta como foi!
irrita-me
imito te
infinito azul beleza!
me explica essa paz
me mexe a madeixa
me olha bem de perto
excita-me
incito-te
beijo roubado esperteza!
.

Frusta-procura!

O amanhecer do dia
pra o homem que procura sua Hora
nunca fora tão colorido
como outrora
As casas parecem sorrir
em sua triste dura estrutura
Um zunido, um ir e vir
vão fazendo da procura
a imensa tortura.
o homem perdeu tempo
cor e luz
a claridade feneceu
nas sombras
e ñ mais seduz...
Nem a promessa da Hora,
seu encantamento ou dúvida.
as horas já se passaram
e amanhã voltarão
findando na mesma amargura...

reflexões em frente ao espelho


sonhos acabam..tudo muito simples, pintado, entretanto, com nuances do fatídico... amores enfraquecem, ficam superlotados daquele fervor acalorado das tardes vermelhas, aí espocam ou murcham, qual bolhas de sabão, qual buquês de rosas sobre mesas...

o cabelo fica macio se lavado em água de chuva, se lava também a alma nos pingos vindo da nossa mentira azul. introspecção ás vezes é só uma questão de dar vida ao acaso!

sensações

o céu chora
densas gotas negras
sem brilho lunar
infinito cor de abóbora
em pingos brandos
frio,
chamas cambaleando
no negrume da sala
pensamento atinado
sintonia
com o invisível
me enlaço em letras
e ondas sonoras
em ritmo de chuva
adormeço.

fragmento...


você não vai me destruir
eu sou eu
e por aí
existirão mais dez iguais
e diferentes de ti
meu tapete é alado
alheio à teu mal-olhado
e de teus comentários
vários
foge meu nome
e meus dias.

De onde emana a energia que subitamente me invadiu num dia?

é preciso filtrar as energias, antes de recarregarmo-nos feito pilhas alcalinas mal usadas...
é difícil achar soluções enquanto tropeçamos nas mil fórmulas do mundo!
praticar o desapego e jogar coisas, pessoas e sentimentos
pela janela, ao vento, pro acaso...
Pois nenhum amigo é o melhor!
e somente alguns são realmente confiáveis;
à quem podemos não ser presentes e confiar nas boas energias
que só vêm de uma fonte pura e colorida...
quem é o estranho que me sorri na festa tecnicolor?
quem é o inimigo, quem é você?

ás vezes
eu fico entre filas
e fiascos
como se não existisse
luz
num fim qualquer.
ás vezes
todas as sensações
parecem muito adolescentes
e eu
velha em demasia
pra tanta emoção.
ás vezes
falo como se fosse inocente
e sem querer
na inocência de me contradizer
disparo frases cortantes
fazendo escorrer
meu próprio
mel.
Posso usar suas palavras? repetir gestos simples, como passar a mão no queixo..
me empresta esse teu rubror, ou esse ar sonso também irá me servir..
pode ser qualquer coisa
qualquer uma mesmo!
me explica como se faz, me deixa sem ação.
Isso mesmo!tô te fazendo um convite..
sem formalidades...
São sempre as mesmas reticências
os vícios de linguagem.
e teu silêncio pertuba mais que mil tambores no carnaval!

A desses dias..

Socorro, não estou sentindo nada!
Nem medo, nem calor, nem fogo
Não vai dar mais pra chorar
Nem pra rir
Socorro, alguma alma mesmo que penada
Me empreste suas penas
Já não sinto amor nem dor
Já não sinto nada
Socorro, alguém me dê um coração
Que esse já não bate nem apanha
Por favor, uma emoção pequena, qualquer coisa
Qualquer coisa que se sinta
Tem tantos sentimentos, deve ter algum que sirva
Socorro, alguma rua que me dê sentido
Em qualquer cruzamento,
Acostamento,
Encruzilhada
Socorro, eu já não sinto nada!

[repete, repete, repete até abusar]

*Letra: Alice Ruiz.

Quaesivi et non Inveni

enxergar o mundo de outros olhos
visitar aquele ângulo diferente
coisas que não me surpreendem mais...
noite e dia, sempre a mesma agonia
rolando morro abaixo e lá embaixo, esporro!
as cores das fotografias, lindas!
nem iluminam tanto assim os dias
nem chamam atenção pra magia
imperceptível, insensível alegria....
os corpos exaustos, estranhos
tamanhos de dúvidas, questionamentos
filosofia e existência
tudo misturado no caldeirão pagão
na minha intuição escorre o vazio
a falta de algo q procurei e ñ encontrei....
SUMIR SUMIR SUMIR SUMIR
.
.
.
ás vezes preciso me esconder...
Pensando seriamente em acreditar, contar longas histórias, ñ apagar se escrever errado!deixar tudo do jeito que está, do jeito que não foi ou acabou sendo...Coloca a mão no queixo, aperta pra ver se fica o furinho, contar tuas cicatrizes e querer saber de tudo, ou melhor, só do que foi bom.
Te ouvir chorar baixinho e fingir estar dormindo, só pra te ver desabafar e abafar sentimentos, mágoas e dúvidas. Ensinar o q ñ presta e depois te dizer que foi tudo de brincadeirinha.
Querer te entender, tentar me explicar, te seduzir e deduzir que tudo isso é em vão... cair na lábia, nos teus lábios, me sufocar com saudades ou nadar no teu oceano das mentiras sinceras! Te bater, deixar a marca, morder até sair sangue!
Sou vampira, sou doida - joga a jaula - sou anjo...
EU ñ sintO



miNto?




eu NÃO!




A Confissão.

...e ainda dava pra ouvir a chuva deprê caindo pesado lá fora!..eu olhava os dias num calendário de coisas a fazer, ou ñ e pensava na força pra aguentar tudo aquilo...quando o céu fazia barulho, dáva pra sentir a terra tremer um pouquinho...
Tinha uns em frente a caixa brilhante na cozinha, eles sorriam!! Eu gostava mesmo de pensar aquilo, de me sentir meio de fora!..até do calendário!E uma música crescia no ambiente, vozes dubladas na minha intérprete mental... mais um filme começa no meu vídeo!
...entretando, a negra chuva fazia-se sentir, num vento frio nos meus pés descalços...
100 pistas,
100 caminhos diferentes
sem motivos aparentes,
100 histórias pra contar...
sem finais sorridentes
sem amigos pra opinar
100 mentiras pra dizer
100 verdades a ocultar...
sem glória, sem memória
100 coisas por fazer
100 atitudes pra mudar
sem medo, sem tédio
100 músicas pra escolher
100 minutos pro clichê
sem pressa, sem engano
Mil anos pra poder encontrar...

didn't understand???!

Queria poder sumir, quem sabe até mudar de cidade... Hoje está bom, amanhã ninguém sabe!
Ir pra um lugar desconhecido, onde reina um silêncio mudo, aonde as palavras não machucam nem aos q dizem, nem aos q ouvem dizeres...
Preciso da paz do perdão, de um corpo fechado... e nem quero q a praga te volte três vezes pior, juro!
Sim, cigarros ainda fazem companhia! Misturando a fumaça densa e enebriante das ervas naturais com sonhos, fantasias [posso casar sexo com amor, posso??], sorrisos, ausências... com solidão!... Afinal, esse foi a fotografia q pintei... uma prima obra, um contrário qualquer...
Nós procuramos alguém pra cuidar... de nossas vidas, coisas, jardins... e que, no fundo, bem no fundo nos proteja de nós mesmos! Mania de fraqueza humana!... nas horas fúnebres a gente inventa de se fingir fraco, nas horas de piedade, a gente pisa, esmaga qq comoção!
E não é porque pintei esse quadro, q me sinto mais feliz... ainda há tristeza escondidinha num cantinho de minha existência... contraditória hein?!..Pois é; sou uma contradição!
E meus desejos configuram paradoxos utópicos que não fazem sentido algum....
Enquanto vc procura achar alguém q um dia possa lhe dizer "quero ficar só com vc"; eu também tô na captura de algum semelhante, mas que antes de me dizer coisas do tipo, me entendesse e me abraçasse... necessáriamente nessa ordem!

sobre as horas de pseudo-solidão

a solidão do jardim, poeira nas arestas
tudo denuncia
e enuncia uma imagem
fragmentos de uma cena.
lembranças de retratos em portas
filtros e circuladores no ambiente
tons pretoebranco...
passos pés
e flores secas no caminho
livros letras
e olhos pestanejantes, absortos...
fumaça que enebria
aguça sentidos e sentimentos
Quando encenações acabam
as imagens, como emoldurados
enfeitando a parede de minha memória,
permanecem estáticas
distantes como em outra dimensão..
Tinha um lobo estamado no céu
que foi pintado pelas nuvens
nas noites de maré cheia...
esfumaçado como meu pensamento
indomável pensamento!
Lá estava ele
confundido como se fosse impressionista
numa atmos.fera surrealista
sinal da natureza
minha sintonia...
EU NÃO ME IMPORTO SE VC SE IMPORTA!!!




..mas se vc não se importar, eu me importo sim...
a lua cheia brilha na janela
por entre as grades
quase cega
um olho cansado
tô em carne viva
tô todo machucado
entre as paredes
desse cubo malamado
se esconde um caco
pedaço infame de qualquer loucura
Cadê a cura? q cura?
http://br.youtube.com/watch?v=7uF3adj2dRc

J'aimerai voir notre échec. Face à face à un beau jour. Détailler sa personne,En cerner les contours. Et dans l'ambiance un peu crue. D'une ville en été. . Lentement m'éloigner. Pour ne plus le croiserMe mouvoir dans la foule,Bienveillante ou hostilePlaisanter pour une foisDans un supermarché. Et les bras pleins de courses. Sentir qu'on a enfin quitté le périmètre. De son ombre portée. Reviendra le matin où la mine légère. On mangeait des tartines. La fenêtre entrouverte. On allait se laver. Bien plus tard en riant du retard. Qu'on avait pris sur les autres gens. Et le pas nonchalant. Le sourire bien en place. On ira sûr de nous. Dans les rues familières. Vers un point de la ville. Un endroit inconnu. Retrouver là notre échec,Et son ombre portée.

[2] versos

dediquei à alguém dois versos
(íntimos ou cúmplices..notavelmente ridículos)
mas talvez do tema este não aprecie
ou pode ser que ainda seja meio tarde
ou cedo demais ou nada!
Da lapidação da estrutura ao esmero escolho de palavras
tudo se cabe no vácuo da voz lírica
na fingida mentalidade do poeta [habitante] interior
eu, desse pseudo-agrado, nada pretendo
mas os versos, esses sim
não querem verbo, dorso, rimas ou apreço
só o sentimento ver...

Inspiração filósofaristotélica

O Grande impulsor tem muito trabalho
e nem sai do lugar
Liga o tempo que empurra a vida
e faz a máquina do mundo girar
que faz tudo isso
a gente ver a natureza mudar
e até mesmo a gente se transforma...
Táva tudo tão bem
era só curiosidade
o Homem procurava respostas
queríamos apenas saber
Pq? Como? - as incógnitas [des]concertantes...
pergunta que desperta pecados
Pecar...
E lá Deus entra de novo na conversa
mania de onipresença
E eis que o homem curioso,
fruto da centelha divina,
questiona sua existência!
As memsmas interrogações que víamos nas coisas
encontramos vivas em nós mesmos...
[Des]cobrir-se!!!... mas isto já é outro filósofo.

Faça você também Que gênio-louco é você? Uma criação de http://www.abyssinia.blogspot.com">O Mundo Insano da Abyssinia
Meu teatro não ilude mais ninguém
minha estória ficou monótona...
Quem ainda quer ler esse livro?
tantas coisas por [pra] dizer...
e uma platéia de surdos e mudos a aplaudir!
nesse cenário vivo e colorido,
no dia-a-dia separado em capítulos
Um autor deixa seus borrões espalhados
em vários planos de obras-primas
e um anúncio colorido dando bandeira nos outdoors...
transeunte passa e não vê;
comunicação falha, ruídos... e silêncio.

Tempestades em manhãs ensolaradas

E pensar que bem no alto, nem tão distante tem um sol q arde
aqui em baixo tudo é meio cinza
nuances de azul contrastando com o verde musgo
gostosa saudade, amargo lamento
o aroma de chuva me torna
confortavelmente ébrio
embriagando meus sentidos
enquanto degusto Platão...
Perdida no mundo das idéias, na perfeição das formas
numa qualquer eternidade efêmera...
esperando esperava esperei
a espera...
o mundo é louco as pessoas cruéis
tempo ñ perdoa...
as coisas que vêm no seu tempo
pessoas que ñ sabem o que procuram
e encontro na espera minha alma
louca síncope!
vc acha q ñ tem nada a ver o q eu te digo
ms eu ñ te digo nada!...
vou acender uma vela
vou enterrar esse defunto.

Preciso do Photoshop....


eu ando pelo mundo divertindo gente
e chorando ao telefone....