assim eu vou

"Eu vou embora sozinha. Eu tenho um sonho, eu tenho um destino, e se bater o carro e arrebentar a cara toda saindo daqui. continua tudo certo. Fora da roda, montada na minha loucura. Dá minha jaqueta, boy, que faz um puta frio lá fora e quando chega essa hora da noite eu me desencanto. Viro outra vez aquilo que sou todo dia, fechada sozinha perdida no meu quarto, longe da roda e de tudo: uma criança assustada"


(Caio Fernando Abreu, Dama da Noite)

O medíocre. escritor. escroto!

aQUELE velho Homem
barba de dois dias, pitando cachimbo
sorriso escabroso, mas ainda assim, sorriso:

se eu permito? pode espalhar, dar de graça, publicar na internet pra qualquer um destruir todo o contexto (ou não) fragmentando e colando nessa porrada de site de relacionamentos, quem sou eu (mas quem é vc msmo?!), com relacionamentos anteriores aprendi e essas e outras monstruosas babaquices que a gente se coça p responder, esse monte de pergunta besta e nossa tendência irracional de listar as coisas, pessoas, sentimentos do maior pra o pior, do melhor para o menor... eu não me importo! consegui comprovar minha tese, e a estética da recepção não tem nada a ver c isso. pq aqueles filhos da puta que criaram essa piada toda nunca se identificaram com nada, a não ser com a vontade de ter o nome decorado na cabeça dos amontoados de sem-luz, sentados naquelas cadeiras tortas e destras. eles, os filhos da puta, eu sempre desconfiei. afinal todo mundo é humano, e por isso todos sentem o mesmo, mesmo q em diferentes momentos, épocas, instantes...

mas, porra... q falta me faz os trÊs pilantras do café e o troco de cigarro!

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em casa. à noite. sozinha. eu vou chorar. por dentro. a mágoa mancha. escorre. dos olhos a maquiagem não sai. à prova d'água. à prova de tudo. contra todos.

ela pega a bolsa e cata os cacos de orgulho que restaram sob os lençóis retorcidos.
ela dobra a esquina e segue andando sem rumo, totalmente.
ela lembra que foi roubada e mais uma vez esquecera a porta aberta.

qualquer lugar é melhor quando se tenta fugir de si. todo o risco que se corre é guiado pelo tracejado amarelo dos asfaltos. eu aprendi. lados opostos. rostos que se cruzam pra nunca mais se encontrarem. talvez. ilusões.