Início

é só o começo de uma coisa que eu já vi e re-vivi a mto tempo... e à tempos acho que não parei de viver! é só o começo daquela alguma coisa triste qualquer, estranha, percorrendo as entranhas, me fazendo fazer de conta que tá tudo bem, que nada ruim acontece, nem bom.
a praia estava vazia e eu amo nadar no mar sozinha, brincar com as ondas, ficar de joelhos no raso, encher as mãos daquela areia bruta, e deixar a água levar no vai-e-vem constante. é só o começo, eu pensava. que acabe logo, eu pedia. Mas o mar não me ouviu, pra compensar me salgou com um pouco de calma e força.
eu pensei, juro que pensei muito em desistir, em dizer qualquer uma daquelas palavras que a gente diz quando vai embora, assim, pra nunca mais voltar...mas é só o começo, um novo início.
E eu detesto esses inícios...
Porque eu começo sozinha, e no calor faz frio, daqueles friozinhos que a gente sente pulsar no estômago quando tá de frente ao desconhecido...


"Stand by me!..nobody knows the way it's gonna be...."

NÃO SEI SE DURMO ESSA NOITE, PRECISO DE UM CIGARRO... Será se ele foi ao médico que marquei ás 19h? Ou será que ele está numa orgia, cercado de vadias sedentas que ñ querem saber se o pulmão dele está bem, ou se ele conseguiu fazer aqueles novecentos reais que deve pro banco. Fico sem saber, me recuso a cogitar qualquer possibilidade. Deixo apenas o tempo pra ele, pra nós. Eu sinto vontade de chorar a cada passo nessa avenida deserta e me destraio dos assaltantes, como se eu fosse um vulto cabisbaixo, passando a esmo. Faz tanto tempo que não escrevo e o vigia da repartição me avisa que as luzes se apagarão em dez minutos... eu sinto falta daquela paz, eu só lembro de coisas boas. Não sei se consigo dormir hoje a noite, e acho que preciso de um cigarro....

eu me recordo agora dum monte de momentos
easy come, easy go
foi tudo assim, começou. Dum jeito simples, numa pureza inebriante.. parecia assim aquelas poesias descomplicadas, que não tem mensagens subliminares, nem versos estrombólicos. As coisas fluiam como agora fluem minhas palavras, eu apenas escrevo - e ás vezes apago; antes, eu apenas sentia e agora que tento não dá pra esquecer, tipo, bloquear de um lado do cérebro e ficar assim, desopilada 100% algodão. A sorte é que as coisas fortuitas me destraem. Eu me destraio rápido, num gesto esporádico de um estranho no ônibus ao meio dia, num doce boa tarde de um paciente, com as confusões óbvias e cotidianas...
comigo mesma, aqui, na frente desse pc, pensando em alguém que nem sabe que eu existo...

Hoje sou só assim, uma canção triste embalando o ambiente....

#Conversa de amigas

Sarah diz:
_Na verdade, nesse vídeo, ele está mais sexy, mto mais do que qndo ele tinha os dreads...
Dalila diz:
_Aiii, que bocatezuudaaaa!!!
Sarah diz:
_Moreno chocolate, todiinho!
Dalila diz:
_Hmm sou chocólatra!




kkkkkkkkkkk!
#pensandosacanagem

Neste instante

Alguém perdeu um trem, o último da estação. E um homem chora mordendo um travesseiro, com medo. E uma jovem tenta ligar pra alguém, desesperadamente... mas ninguém atende. Uma estrangeira trabalha num lugar escroto pra caralho. E o filho dela tá dormindo, em casa, sozinho. E uma mãe está trabalhando na sala, faminta. Um solteirão faz um lanche rápido antes de ir dormir. Uma coroa tá numa sala de sexo virtual com o nick de HomemGG.cam. Um amigo está apaixonado pela namorada do melhor amigo. Um desconhecido está velando o corpo de sua mãe. Um pai espera socorro, entre as ferragens. Um ladrão é preso e apanha de policiais. Uma moça terá um dia cheio amanhã mas está com insônia. As putas estão na rua, com frio e drogadas. Uma criança de rua sente um puta frio. Uma turminha faz farra no apartamento. Eu escuto beatles. Alguém está muito feliz....



Em algum lugar, nesse instante!

Oh my soul...it's so hard!!!

	Todo mundo teve um ano duro.
	Todo mundo se divertiu bastante.
	Todo mundo teve um sonho molhado.
	Todo mundo viu o sol.
	Todo mundo teve um bom ano.
	Todo mundo deixou o cabelo crescer.
	Todo mundo arrancou suas meias.
	Todo mundo pôs os pés no chão

#eisquechega, uma lembrança.

Exata madrugada. Cai uma puta chuva lá fora!

Eu lembro de uma música, choro por dentro de minha casca. Agora eu lembro um poema de um escritor gasbossíssimo que não lembro o nome. esquisito,né? Escrevo falando e nem dá pra me ouvir. Eu penso em outras pessoas, nesse exato momento, em gente que eu não conheço. O que estão fazendo? O que está acontecendo no mundo que ninguém vê? Eu penso em Deus, na Onipresença. Fico aqui divagando entre uma loucura e outra, como será poder estar no lugar que quiser. Agora eu fecho os olhos e fico me sentindo no lugar mais ermo e tranquilo...Daqui dá pra ver as estrelas, a brisa é suave e agradável e eu não me sinto sozinha.
02:05min. Eu volto pra cá. Deixo um depoimento de solidão. Tento dormir... e a chuva cai mais calma.

what's up?

Acordou cedo. Todas as cores calmas lá fora. Café amargo na xícara, música no rádio. Olhos vagando por entre lugares conhecidos. Computador ligado. Nenhum amigo, nenhum parceiro virtual. Jardim bagunçado, sujo. Pela janela ele olha. E olha, apenas.

quero-quero da estrela.

Quero amigos e coca-cola!, num daqueles encontros esporádicos recheados de gargalhadas e palavrões. Quero os sinceros, não os cruéis.. quero aqueles que fazem piada dos meus problemas pra eu rir também, pra me mostrar o quanto eles - problemas - são pseudos. Quero as poses pernósticas nas fotografias, quero registrar os instantes, as caras-e-bocas, pra gente olhar depois e pensar "Foi um dia bom!".
Quero a coca-cola esquentando no copo, os cigarros se desfazendo em cinzas enquanto a gente faz baderna e não se preocupa com a vida alheia. Enquanto eu conto estórias absurdas, do tipo aquela do cara que morreu vivo e a geral rola no chão de rir...
Tô precisando disso deles...
Ahh, e tô precisando de um emprego também, rsrs!

i'm a hight school lover...

aqui estamos nós, eu e meu pacote de cigarros. não são 11 da manhã, mas meu relógio marca o tempo errado. ñ há ninguém em casa, além de mim. meus lençóis não tem cheiro algum e minhas meias estão sujas. faz um puta frio lá fora, mas meus tantos trapos não me trazem calor. está tudo vazio. o vazio voltou... em cada gota de sereno, em cada pestanejar de olhos cansados, em cada tragada insatisfeita. apenas a fumaça me manda sinais, apenas minhas mãos falam comigo, afagam. milhões de maneiras lá fora, zilhões de gotas frias... frias....